Aproximadamente em 1825 teve início o povoado que se transformou no município de Flexeiras. Segundo revelações de antigos habitantes desta região, existem várias versões quanto ao topônimo desta cidade, que foi Flecheiras, em virtude do grande número de árvores existentes na região nas quais brotavam flechas semelhantes às de cana-de-açúcar. A história não registra porque a grafia do nome foi alterada e passou a ser chamada de Flexeiras. Em pouco tempo o lugarejo já tinha características de povoado e ficava à margem direita do rio Jitituba.
Por ser uma região bastante fértil, despertou o interesse Sr. João Francisco de Coelho em instalar um engenho de cana-de-açúcar, que recebeu o nome de Flexeiras, isto mais ou menos no ano de 1850. Sentindo-se cansado, seu João transferiu o comando do engenho para o seu genro, o coronel José Alcântara Coelho. Este, por ser dinâmico, fez com que o Engenho Flexeiras passasse por várias transformações. Dentro de pouco tempo deixou de ser movido por força d'água e passou a ser movido por força motriz.
Tempos depois, a família Coelho transferiu o direito de posse desse engenho para o sr. Guilherme Calheiros, que prosseguiu com o desenvolvimento, aproximadamente até o ano de 1900. Surgiram outros engenhos na região, que tiveram destaque, como o de propriedade do Dr. Enéas Pontes, que deu origem à Usina Açucareira com a denominação de Usina Conceição do Peixe.
Em 1915 Flexeiras já era um dos mais prósperos povoados do município de São Luís do Quitunde e, entre 1930 a 1935, foi elevado à condição de vila e, mais tarde, distrito. A condição de distrito, dentro de pouco tempo, já não satisfazia seus habitantes, porque a renda do vilarejo era superior à da cidade de São Luís do Quitunde. Isto foi suficiente para que os líderes iniciassem um movimento de emancipação. Dentre eles estavam Elpídio Cavalcante de Albuquerque, Austeclínio Lopes de Farias, Joatas Malta de Alencar, Valdo Maya de Omena, Pedro Timóteo Cavalcante, Valdemir Lopes de Farias, Abelardo Cavalcante Lins, Pedro Guedes de Lima, Juvenal Antônio dos Santos, Aloísio Guedes Cavalcante e Leonardo Salustiano de Oliveira.
O município só conseguiu autonomia administrativa através da Lei 2.216, de 28 de abril de 1960, onde o primeiro prefeito, Valdo Maya de Omena, foi indicado pelo governador do estado por seis meses, ocorrendo à instalação oficial em 1 de junho do mesmo ano, desmembrado de São Luís do Quitunde e integrado além de distrito sede, pelo povoado de Messias (elevado a condição de município dois anos depois).
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